É comum no ambiente de trabalho, principalmente nas pequenas empresas, ver-se brincadeiras ditas inocentes. E na verdade, elas começam assim mesmo: de forma inocente e despretensiosa vistas como algo lúdico, remédio para o estresse do dia a dia, bálsamo para a tristeza e problemas que muitos carregam sem demonstrar. Ninguém quer ferir ou fazer com que alguém se sinta inferior, limitado, incapaz de fazer o que a empresa precisa que o faça. O que se quer mesmo é cumprirem-se as tarefas, voltar para casa com a sensação de leveza e dever cumprido, e para isso na melhor que um ambiente de trabalho feliz e descontraído.
O problema é que com o tempo as relações vão se tornando mais e mais íntimas, as brincadeiras vão tomando dimensões imperceptíveis, promovendo um ambiente insalubre onde aquela tal brincadeira, antes inocente, descambou para a falta de respeito a níveis intoleráveis, onde o foco já não é mais manter o ambiente descontraído, mas sim, ferir o outro, desqualificá-lo perante a empresa e aos demais colegas de trabalho tornando a convivência um verdadeiro inferno. Aquele colega que fazia com que todos abrissem um largo sorriso todas as manhãs passou a ser um inimigo quase mortal. E o prejuízo sobra para todos os envolvidos, inclusive a empresa.
Brincadeiras em excesso atrapalham. Achar o equilíbrio sem comprometer o crescimento profissional de todos e a evolução da empresa é o desafio para os gestores.
Mas, se não há a intenção de ferir, machucar, ridicularizar ou até puxar o tapete dos colegas, porque então as brincadeiras inocentes não perduram? A resposta talvez esteja nos problemas individuais e ímpares que cada um traz consigo, quase sempre ocultos para os demais. Por vezes uma brincadeira inocente carrega palavras que disparam o gatilho da intolerância, da incompreensão e da violência em suas diversas formas, levando o indivíduo afetado a apresentar reações as mais diversas. Algumas potencialmente perigosas.
A pergunta é: há formas de promover um ambiente de trabalho onde impere o bom humor, onde o “bom dia” seja diário e verdadeiro, a prática da compreensão constante e ininterrupta e as responsabilidades assumidas sem desculpas?
Eu não sei responder a essa pergunta, afinal cada um de nós é único e age conforme suas necessidades e instintos. Talvez uma interação constante entre os empregados através da promoção de jogos, atividades lúdicas, desafios em competições externas como as que fazem algumas empresas com o intuito de integrar as pessoas e descobrir o potencial de cada um e mais importante: criar um sentimento de pertencimento que gera compromisso seja um caminho.
E você que está lendo esse post, que sugestões pode nos dar para criar ou manter equilibrado, prazeroso e saudável um ambiente de trabalho? Compartilhe conosco!